Santana Orientadora - Equipe 2

Componentes da Equipe:
 Ajax Sampaio, Cláudia Rossi, Cynthia Ragosta e Glaucia Ferraz





HISTÓRICO 

                                                            Santa Ana ou Sant' Ana  vem do latim Anna, que por sua vez originou-se do hebraico Hannah, "Graça",  mãe de Maria e avó de Jesus Cristo.

                                                              Sant’ Ana foi a privilegiada escolhida por Deus  para ser na terra, Mãe da Virgem Imaculada. Pertencia à família do sacerdote Aarão e seu marido  São Joaquim  pertencia à família real de Davi. Sant’ Ana  era idosa e estéril. Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Sant’ Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que haveria de ser a Mãe de Jesus. Eram residentes em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se ergue a Basilica de Santana. No sábado, 08 de setembro do ano 20 a. C., nasceu uma menina que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. Maria foi oferecida ao Templo de Jerusalém aos três anos, tendo lá permanecido até os doze anos.

                                                          Sant’ Ana morreu pouco depois de apresentar Maria ao Templo, consagrando-a a Deus.

                                                            No ocidente, o culto de Santana remonta ao século VIII, quando no ano de 710, suas relíquias foram levadas da Terra Santa para Constantinopla, donde foram distribuídas para muitas igrejas , estando a maior delas na igreja de Sant’Ana, em Duren, Renânia, Alemanha.

                                                          Em 1378, o Papa Urbano IV oficializou seu culto.

                                                            Em 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Sant’ Ana em 26 de julho, e o Papa Leão XIII a estendeu para toda a Igreja, em 1879. Na França, o culto da Mãe de Maria teve um impulso extraordinário depois das aparições da santa em Auray, em 1623.



PESQUISA ICONOGRÁFICA


                                                         Verificamos que sob a denominação de Sant’ Ana existem várias representações. Ela apresenta-se sentada, em pé, andando, com Maria ao seu lado. Não existem cores definidas em suas vestes, porém há uma predominância no vermelho, azul e rosa.


                                              Os diferentes papéis conferidos a Sant’ Ana se veem expressos nas suas imagens.  Existem, no entanto, três tipos mais comuns de representação: Santas Mães, Sant’ Ana Guia e Sant’ Ana Mestra.

                                               A primeira exalta o seu papel na genealogia messiânica e na concepção, mostrando a santa como uma extensão divina da parentela de Jesus; sempre é exibida acompanhada de sua linhagem (neto, filha e às vezes a mãe Merecianna) ou de ventre avantajado. É pouco comum, sobretudo por ser condenada pela igreja desde o século XVI. Com Ana ao fundo (anciã), Maria em seu colo (jovem mãe) e Jesus (menino) ao colo de Maria. Nesta figuração Maria e Ana se conectam, na linha das santas mães bíblicas. A Espanha chama esta representação de Sant’ Ana Tríplice. Na Alemanha se diz Anna Selbdritt. Na Itália, Santanna Metterza. São muito apreciadas as pinturas de Santanna Metterza de Masolino-Masaccio e de Leonardo da Vinci. Há também casos de Santas mães esculpidas (alguma já no séc.XIII), resultando numa obra de considerável volume e peculiar jogo de simetrias devido à posição dos corpos. Outro detalhe é a presença do pombo que paira sobre o conjunto dos personagens ou exclusivamente sobre Jesus. Neste caso, a figura do pombo tem uma denotação cristológica, sinalizando a identidade messiânica do “Cristo”=em grego, “ aquele que é Ungido”(mashiahi) pelo Espírito Santo desde a concepção”.

                                              As duas outras exploram a sua relação com Maria criança, engrandecendo principalmente o papel de educadora. Tem como atributo essencial o Livro da Sabedoria e do Evangelho.

                                             Sant’Ana Guia representa Ana com Maria, geralmente de pé, sugerindo caminhada. Indica a função pedagógica de Ana e, muitas vezes, os olhares desta e de sua filha se cruzam. Em alguns casos, Maria leva um livro. Noutros, Ana estende um pergaminho que se desenrola ate as mãos de Maria.  Às vezes, no pergaminho traz a frase Et egredietur virga de radice Jesse (da raiz de Jessé um ramo brotará: Isaías !!,l). Outras vezes, aparecem os algarismo romanos de I a X, sinalizando o decálago (cf. Êxodo 20,1-17). Exemplos dessa representação são recorrentes na Itália, Portugal, Espanha e Brasil.

                                             Sant’ Ana Mestra, diferentemente, é aquela mostrada sempre com o livro aberto nas mãos ou sobre o joelho; pode estar de pé com a filha no seus braços ou sentada em trono. Pode ser apresentada acolhendo Maria no seu colo ou, caso esteja de pé, mostrando-a o livro. De composição mais complexa, há um conjunto sugestivo de elementos e posições corporais. Geralmente, Santa Ana está sentada numa cátedra com Maria menina a seu lado ou próxima de seus joelhos, como que seguindo as lições da mãe. Embora menina, Maria tem traços adultos: um sinal anacrônico de seus futuro papel de mãe de Jesus ou, talvez, de sua capacidade de aprender a fé e as virtudes – o que valorizaria a educação. Imagem originária do séc. XIII, o barroco posterior preservou o livro que Ana oferece a Maria, sugerindo alfabetização, aprendizado, leitura e sabedoria. A cátedra, às vezes em estilo manuelino, lembra o simbolismo bíblico do trono. Em certas variantes, Ana é encimada por um pombo de dupla denotação: a primeira, indicando que a Escritura que ela ensina foi inspirada pelo Espírito Santo; a segunda, indicando que a maternidade de Ana é similar embora não igualável – àquela de Maria, por serem gerações agraciadas (conforme Hanna, graça) ocorridas sob a custódia do Espírito Santo.

 - Abaixo segue uma das inúmeras orações à Sant’ Ana:

Senhora Sant'Ana, fostes chamada por Deus a colaborar na salvação do mundo. Seguindo os caminhos da Providência Divina, recebeste São Joaquim por Esposo. Deste vosso matrimônio, vivido em santidade, nasceu Maria Santíssima, que seria a Mãe de Jesus Cristo. Formando Vós família tão santa, confiantes nós vos pedimos por esta nossa família. Alcançai-nos a todos as graças de Deus: aos PAIS deste lar, que vivam na santidade do matrimônio e formem seus filhos segundo o Evangelho; aos FILHOS desta casa, que cresçam em sabedoria, graça e santidade e encontrem a vocação a que Deus os chamou. E a TODOS nós, Pais e Filhos, alcançai-nos a alegria de viver fielmente na Igreja de Cristo, guiados sempre pelo Espírito Santo, para que um dia, após as alegrias e sofrimentos desta vida, mereçamos também nós chegar à casa do Pai, onde vos possamos encontrar, para junto sermos eternamente felizes, no Cristo, pelo Espírito Santo. Amém.”

- Abaixo algumas imagens de Sant’ Ana




Imagem de Gesso com Peanha de madeira

Feita a limpeza mecânica  e um pequena esfoliação com lixas n.600 , foi dada uma demão de goma laca.
Foi feito um pastilho em toda borda do manto de Sant’Ana
Foi aplicado folha de ouro em toda borda do pastilho e na túnica de Maria
Aplicação de Paraloid B-72-20% em toda parte que foi dourada para proteção do ouro
A peanha foi policromada com têmpera de ovo
A superfície da peanha foi policromada com caseína nas tonalidades verde e marrom
Têmpera cola preparada na casca do côco para colorir os sapatos de Sant’Ana e Maria
 
O casulo e a faixa da vestimenta de Sant'Ana pintados com têmpera cola branca
                                     Têmpera cola marrom claro no cabelo de Maria
Maceração na moleta da têmpera cola  na cor azul para a túnica de Sant’Ana
Preparação da têmpera cola para colorir o manto de Sant’Ana nas cores: carmim, alizarina cremer, branco titânio.
Maceração na moleta para policromia do manto de Sant’Ana





 Início dos sentidos  de Maria e Sant’Ana






A imagem sofre um gotejamento na cabeça

Marca de batom no manto
 
Quebradura no braço de Maria




Restauração: colocação de pino, colagem e preenchimento


Douramento













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